sábado, 13 de fevereiro de 2016

é tão bonito isso...


se eu fosse um pássaro, a música seria eu voando, nesse voo pleno, nesse azul celeste, a imensidão do mundo pairando por debaixo de minhas asas e eu alí, longe longe, à dançar com o vento, à esquecer de tudo, à pairar, pairar, imerso em uma serenidade anil, eu alí, leve como uma pena, à vestir-me de algodão, nuvens por entre minhas penas, minhas pernas de mulher jovem, querendo alcançar tanto, tão longe, anseio de mundo em mim. sim. 
se eu fosse um pássaro, o teatro seria eu descansando numa árvore, fitando as folhagens, acolhendo o sol em mim, a brisa que acaricia meu corpo pequeno, pleno de tudo, descansando do tempo que urge feito máquina desenfreada, descansando das angústias que regem o peito, descansando de ti, que não me sai, que não me vem, eu aqui a te buscar com minhas mãos em broto, sem saber se te ofereço a flor da minha vida, meus olhos molhados de madrugadas a te buscar nos lençóis. é.
e é tão bonito isso que a gente tá vivendo que não precisa nem... de nada! basta congelar esse instante, esse tempo espaço, aqui, nessa sala, teu rosto suave, branco, sereno, teu olhar quase infantil que tanto me diz e ao mesmo tempo te cala, basta congelar aqui, essa coisa bonita e sem nome que a gente tá vivendo agora que.



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